terça-feira, 30 de novembro de 2010

Geração do MP3 não conhece as letras das músicas



A crescente adoção de formatos digitais de música pode estar impactando diretamente em sua apreciação como um todo, apontou uma pesquisa realizada pelo National Year of Reading, do Reino Unido.Segundo o The Inquirer, a pesquisa mostrou que mais da metade dos novos fãs não tem qualquer idéia a respeito das letras das músicas que ouvem por nunca terem lido suas transcrições. A pesquisa mostrou que, mesmo com centenas de sites dedicados a letras de músicas na internet, a maior parte da nova geração digital desconhece o que está cantando, ou erra ao achar que sabe.O site Daily Star, explicou que a NYR culpa também o desaparecimento de letras das composições nos encartes que acompanham os CDs. O título da matéria no Daily Star é referência à canção “Purple Haze”, de Jimi Hendrix. Um dos versos diz “Excuse me while I kiss the sky” (na tradução, “com licença, vou ‘beijar o céu’ “, numa alusão às alucinações provocadas por drogas) mas o trecho é freqüentemente ouvido como “Excuse me while I kiss this guy” (na tradução, “dê-me licença enquanto beijo este rapaz”). É o exemplo mais famoso do fenômeno apontado pelo National Year of Reading e inspirou um website dedicado a catalogar todos os exemplos conhecidos de “misheard lyrics”, o kissthisguy.com.Foram entrevistados 4.000 adultos, sendo que metade acredita que hoje as transcrições estão mais inacessíveis que há cinco anos. De todos os entrevistados, 62% afirmou que sites de letras freqüentemente estão errados, percepção que aumenta para 75% no público entre 18 e 25 anos de idade, noticiou o Telegraph. Honor Wilson-Fletcher, do National Year of Reading, afirmou que a audiência quer poder ler e apreciar as composições, citando que 77% dos compradores de música via download deseja poder ler as letras oficiais como parte do serviço prestado pelos sites.Fizemos uma pequena pesquisa, sem nenhuma validade estatística, com colegas de redação, pessoas na rua e alguns músicos profissionais, que não quiseram se identificar. A maioria dos entrevistados admitiu não saber com exatidão as letras de algumas das músicas de que gostam. Entretanto, quase todos os entrevistados disseram que isso não é um problema. Um dos músicos, professor de guitarra elétrica na cidade de São Paulo, foi mais longe: “os trovadores medievais não andavam por aí com folhetos ensinando a letra para o público. Mesmo no século XX, os encartes de discos só começaram a vir com as letras impressas lá pela década de 70. E saber ou não uma letra de música nunca foi problema para as pessoas. Essa pesquisa [do National Year of Reading] parece ser a tentativa de chamar a atenção para um problema que não existe”. Para o músico, embora seja comum “ouvir errado” a letra de certas canções, o público deve ser capaz de entender o que está sendo cantado. “Se [um ouvinte] não conseguir entender o que o cantor diz, isso é um problema educacional, não de falta de letra impressa”.Já o The Inquirer, sempre irônico, comentou que algumas vezes mesmo conhecendo as letras elas não farão o menor sentido.


Fonte:Geek


sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Voltando à estaca zero

Não temas, quando alguém se enriquecer, quando avultar a glória de sua casa; pois, em morrendo, nada levará consigo, a sua glória não o acompanhará. Salmo 49:16, 17
Na pequena cidade de Stewart, Flórida, uma longa fila de carros se movia vagarosamente por uma das avenidas. Era um cortejo fúnebre, com todos os seus componentes: carro funerário coberto de flores, grupo de amigos e parentes chorando em silêncio. Tudo normal, exceto uma coisa: O cortejo era seguido por um trailer no qual estava pregada uma faixa com as seguintes palavras: “Estou levando-o comigo”.
Achamos ridícula a ideia de alguém pretender desfrutar seus bens na sepultura. No entanto, há pessoas tão apegadas às posses, que vivem como se fossem conservá-las após a morte. Um homem disse com ironia: “O meu caixão vai ter dois andares; um deles só para as minhas escrituras.”
No antigo Egito, a construção de pirâmides e a mumificação dos faraós era motivada pela concepção de que a trajetória humana continuava após a morte do corpo, por toda a eternidade, desde que lhe fossem proporcionadas as condições para isso: habitação sólida, alimento, escravos, objetos de uso cotidiano e conservação do corpo. Diz C. W. Ceram: “Milhares de vidas foram sacrificadas na tarefa de dar a um morto a segurança e a vida eternas.”
Nas Escrituras Sagradas, porém, não há lugar para almas penadas, espíritos errantes, purgatório, ou qualquer outra forma de vida consciente após a morte: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol” (Ec 9:5, 6). O apóstolo Pedro utiliza um realismo semelhante, ao dizer: “Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor” (1Pe 1:24). Esta é a realidade nua e crua.
Jesus aceitou a morte como um sono (Jo 11:11), mas não nos deixou sem esperança, ao declarar: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em Mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11:25).
Nada levaremos daqui. Voltaremos à estaca zero, como quando nascemos. Mas se dormirmos em Cristo, ressuscitaremos e com Ele reinaremos na glória eterna.

domingo, 14 de novembro de 2010

Quando a vida nos puxa o tapete

Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer [...] Certamente, Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre Si. Isaías 53:3, 4


O famoso cantor espanhol Julio Iglesias era um destacado goleiro do Real Madrid, e seu sonho era ser futebolista profissional. Mas aos 20 anos de idade, ao dirigir seu carro, sofreu um trágico acidente que o deixou semi-paralisado durante um ano e meio.


No hospital, Julio ouvia rádio e escrevia poemas e versos românticos. Uma jovem enfermeira que o tratava, ofereceu-lhe uma guitarra para ajudá-lo a passar o tempo. Ele começou a cantar por distração, para esquecer o tempo em que foi atleta. Aos poucos, foi melhorando na arte de tocar guitarra e compor músicas para seus poemas. Conseguiu recuperar-se do acidente e então começou sua carreira como cantor, tornando-se um sucesso internacional.


O que mudou sua vida foi um acidente de carro. Ele estava acabado para o futebol, mas não para a vida, pois foi exatamente essa tragédia que lhe permitiu mudar de rumo e obter um êxito ainda maior. Às vezes, portanto, o que parece ser um desastre, pode se transformar em bênção. Depende muito de nossa atitude. Se nos entregarmos ao desânimo e acharmos que está tudo acabado, isto acontecerá. Mas, se da fraqueza tirarmos forças, o sucesso baterá à nossa porta.


A Bíblia dedica muito espaço às dores, sofrimentos e frustrações de seus heróis. Moisés, depois de conduzir o povo de Israel pelo deserto durante 40 anos, apenas contemplou a Terra Prometida, mas não entrou nela. Ana chorava e não comia, porque não conseguia ter filhos e sua rival a provocava. Elias, temeroso por sua vida, fugiu para o deserto, sozinho e infeliz. A viúva de Naim certamente estava desesperada com a morte de seu único filho. O endemoninhado geraseno se feria com pedras. Uma mulher padeceu de hemorragia durante doze anos. O paralítico de Betesda estava enfermo havia 38 anos, e, logicamente, o sofrimento e o sacrifício de Cristo sobre a cruz. A lista de sofredores é enorme.


A vida pode nos puxar o tapete, através de uma doença, acidente, separação conjugal ou falência. O sofrimento é inevitável. E, às vezes, é até benéfico para nos despertar espiritualmente. Nessas horas difíceis, apeguemo-nos a Jesus, na certeza de que Ele levou nossas dores sobre Si. Ele sabe o que é o sofrimento, e pode nos socorrer.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Beijos e lágrimas andam juntos

Assim, por amor a Raquel, serviu Jacó sete anos; e estes lhe pareceram como poucos dias, pelo muito que a amava. Gênesis 29:20


Para fugir de Esaú, que pretendia matá-lo, Jacó caminhou cerca de 750 quilômetros, de Berseba a Harã. A viagem deve ter durado de vinte a trinta dias. Ao chegar, encontrou um poço, onde haviam sido ajuntados três rebanhos de ovelhas e alguns pastores. Na antiguidade, um poço era um lugar onde as pessoas se encontravam. E foi ali que começou a maravilhosa história de amor de Jacó.Raquel, sua prima, dirigida pela providência divina, veio ao poço, tal e qual Rebeca, tia dela, setenta anos antes. Jacó deu de beber aos rebanhos da prima, beijou-a e então chorou. Por que ele chorou depois de beijá-la? Parece que uma coisa não tem a ver com a outra. O mais lógico seria ficar alegre. Mas talvez tenha sido um choro de emoção, porque após uma longa viagem, cansativa e cheia de perigos, ele agora estava entre seus parentes. É provável, também, que ele tenha chorado de felicidade por ter conhecido Raquel, a quem amou à primeira vista. Na vida, os beijos e lágrimas andam juntos.Seja como for, o fato é que Raquel correu para casa e contou a seu pai, Labão, que Jacó, filho de sua tia Rebeca, estava junto ao poço. Labão, ganancioso como era, se lembrou dos presentes que Abraão havia mandado setenta anos antes (Gn 24:29, 30), e também saiu correndo ao encontro de Jacó, a quem também beijou (Gn 29:13).Labão levou o sobrinho para casa e o hospedou-o por trinta dias. Depois disso, Labão lhe perguntou quanto queria ganhar pelo trabalho. Jacó prontamente respondeu: “Sete anos te servirei por tua filha mais moça, Raquel” (Gn 29:18). Assim Labão não recebeu pendentes de ouro, mas recebeu o trabalho dedicado de Jacó durante sete anos.Outros homens teriam proposto menos tempo, ou talvez quisessem casar primeiro para pagar o dote depois. Mas Jacó trabalhou arduamente durante sete anos, por amor. E diz o texto, um dos mais belos da Bíblia: “E estes lhe pareceram como poucos dias, pelo muito que a amava”. Os 2.555 dias voaram, pelo muito que a amava. Com certeza era amor, pois a paixão não dura todo esse tempo.E esse amor durou desde o primeiro momento até o último. Mas foi entremeado por muitas, muitas lágrimas, como veremos.

Fonte: Meditações Matinais – 4 de outubro de 2004 – Casa Publicadora Brasileira